segunda-feira, 23 de abril de 2012


Não mais ousei sentar aquela praça curtir a brisa, observar o ir e vi, cotidiano alheio, pessoas nem sequer imaginavam que de longe minha lente estava em ação, não mais ousei curtir monha vagabundagem sentados aqueles bancos amontoados de senhores boêmios, acompanhados com o chá da tardee muitas histórias a contar, ali havia sábios, ouvia muito qie compartilhavam entre si e pra quem queria ouvir, a beleza da sinceridade , ali aprendia muito e por vezes ouvia e via barbaridades, tardes boas aquelas, tão frescas e bonitas, rico quem sentava ali pra ler, observar e até mesmo viajar em seus pensamentos ali todo esse tipo de ousadia seria permitido, importante era estar bem, sentir-se bem, esquecendo as horas, celulares, computadores ou qualquer outro penduricalho moderno e vicioso. Luxo mesmo foi ficar ali e levar comigo tantas coisas boas. Hoje é diferente, ando acompanhado da responsabilidade, compromissos, caminho igual aos demais, corro, corro, pra onde?!  Não sei, fico cá pensando que há alguém, algum observador do cotidiano com suas lentes ativas a observar essas passadas, essas pessoas tensas, mal humoradas, cegas, compromissadas, escravas da rotina, leigas de coisas simples que fazem tão bem ao ego e certamente dê alguns dias mais de vida.  Hora dessas desligo-me do mundo e sento aquela praça a ouvir o sim do vento, as histórias daqueles homens vividos , pombos ao chão juntos as pessoas, hora dessas esqueço tudo e todos, ousarei curtir momentos de puro luxo.

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